Quem usa o transporte público diariamente sabe o quanto é incômodo ter alguém tão próximo, ou até mesmo ouvir aquela cantada indelicada. Ainda que o modal seja classificado como coletivo, a proximidade excessiva ou o ato de constranger o próximo com palavras de cunho sexual são características evidentes do assédio;
Quem é que nunca ouviu um relato sequer de assédio dentro do transporte coletivo ?! Pode ser no ônibus, no metrô, ou até mesmo nos trens do Subúrbio Ferroviário. Seja uma "encoxada", "uma sarrada" (adjetivos populares que caraterizam a proximidade excessiva entre pessoas desconhecidas), quem passa pela situação, muitas vezes prefere não lembrar, pois isso ocasiona uma sensação de pânico sempre que a vítima necessita retornar ao local onde sofreu o constrangimento.
Não sabemos ao certo qual é o perfil procurado pelo assediador que usa o transporte público. As vítimas, na maioria das vezes, são mulheres; quando do sexo masculino, geralmente o criminoso procura por adolescentes, na tentativa de coagi-los.
POR CAUSA DE UM, TODOS PAGAM
O medo sentido pelas mulheres, infelizmente, acaba refletindo sob aqueles que nada tem a ver. É comum nos ônibus ou no metrô, que as mulheres se solidarizem; que sentem sempre uma próxima à outra, ainda que sejam desconhecidas. É uma espécie de tranquilizante moral, pois até onde sabemos, não há registros de mulheres praticando tais atos obscenos.
Em alguns casos, há mulheres que preferem continuar em pé, ao invés de se sentar ao lado de uma pessoa do sexo masculino, quando este é um desconhecido.
OCORREU O ASSÉDIO. O QUE FAZER ?
NO METRÔ:
O ideal é chamar a atenção de quem está ao seu redor, o que deve afastar o assediador. Feito isso, procure por um segurança e relate o ocorrido. Não deixe de comparecer à Delegacia de Atendimento à Mulher, no Engenho Velho de Brotas, para prestar queixa.
NO ÔNIBUS:
No coletivo, a dica é mesma: CHAMAR A ATENÇÃO DE QUEM ESTÁ AO SEU REDOR. Uma vez que o agressor se afastou, você pode comunicar o fato ao motorista, e pedir que o mesmo lhe conduza à delegacia mais próxima para comunicar o fato. Durante o depoimento, não deixe de pedir ao escrivão/delegado que solicite as filmagens do veículo, tendo em mãos o número do veículo, data e horário do fato ocorrido.
No coletivo, a dica é mesma: CHAMAR A ATENÇÃO DE QUEM ESTÁ AO SEU REDOR. Uma vez que o agressor se afastou, você pode comunicar o fato ao motorista, e pedir que o mesmo lhe conduza à delegacia mais próxima para comunicar o fato. Durante o depoimento, não deixe de pedir ao escrivão/delegado que solicite as filmagens do veículo, tendo em mãos o número do veículo, data e horário do fato ocorrido.
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